Século XVII.
Desde a Fundação do Mosteiro de Nossa Senhora do Bom Sucesso em 1639, conforme tão bem descrito pela Irmã McCabe no seu livro "Uma Luz Contínua", publicado em 2007, jovens mulheres, antes do casamento, passavam algum tempo num mosteiro, onde recebiam ensinamentos individualizados ministrados pelas Irmãs, principalmente acerca dos valores cristãos. Provavelmente estas raparigas seriam parentes das Irmãs ou jovens irlandesas, cujos pais se teriam fixado em Portugal.
D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João VI, era visita habitual do Convento do Bom Sucesso. Esta amizade e ligação com a Casa de Bragança manteve-se até ao último rei de Portugal e ainda hoje perdura.
O Convento de Nossa Senhora do Bom Sucesso quando em 1939 celebrou o seu tricentenário, era o convento mais antigo de clausura em Portugal e o primeiro convento irlandês no resto do Mundo.
1640 - Fundação do Convento.
Depois de ficar viúva, em 1624, D. Iria (Condessa de Atalaya) decidiu empenhar-se na fundação de um convento. Foi um processo complicado, com muitos entraves mas, em 1639 conseguiu realizar o seu sonho um ano antes de morrer em 1640.
1669 - 4 de Fevereiro.
Cosimo de Medici, filho do Grão Duque da Toscânia Fernando II de Medici, na sua visita a Portugal, foi recebido pela Comunidade. Em 1670 Cosimo sucedeu a seu pai como Cosimo III (Cosme III em português).
1683.
A raínha Maria Francisca Isabel de Sabóia, a esposa de D. Afonso VI e depois do seu cunhado D. Pedro II, continuou a real tradição de visitar o Bom Sucesso.
1688.
Foi colocada uma lápide numa parede da então enfermaria do Convento, agora uma das salas de aula do claustro, por "Manoel Cerqueira de Campos ... que o fez por sua devoção ... em memória de benefícios e outras obras pos esta pedra para os vindouros o encomendarem a Deus".
1699.
D. Catarina de Bragança, após a morte do marido (Carlos II de Inglaterra), retornou ao seu país, e começou a visitar assiduamente o convento que conhecera em criança.